Olá amigos leitores do meu site, como vão? Como profissionais de capacitação, quantas vezes tivemos que encarnar o papel de psicólogo, terapeuta ou mesmo detetive da empresa para perceber lacunas de competências ou deficiências da força de trabalho e incentivar os executivos a falar abertamente sobre elas? É comum dizer, afinal, que o primeiro passo para resolver um problema é admitir que você tem um problema.
Crescemos ouvindo que o mundo profissional não admite o erro, que demonstrar dúvida no ambiente de trabalho é baixar a guarda e correr o risco de expor sua incompetência. É melhor varrer as questões que nos assombram para baixo do tapete e manter as aparências, fazendo “cara de conteúdo” e fingindo ter o domínio pleno da situação. Mais dia, menos dia teremos que admitir, “ok, minha equipe precisa melhorar nesta ou naquela competência”.
Certa vez li uma entrevista do consultor Vicente Falconi, uma das mais brilhantes mentes da gestão no Brasil em que ele dizia o que esperava de um gestor: detectar o erro ou oportunidade de melhoria, admitir que elas existem, traçar um plano de ação e trazer para apreciação do board da empresa. Reparem que dentro desta sequencia temos o “admitir que elas existem”. Sim, um processo de LNT (levantamento de necessidades de treinamento) deve ser um processo transparente, onde as falhas e/ou oportunidades de melhoria devem ser abordadas plenamente, sem meias palavras. Se sua equipe de linha de frente está recebendo críticas dos clientes, não adianta resmungar e dizer que as pessoas são intolerantes ou “exigentes demais”, esse é o mercado e devemos capacitar nosso time à lidar com esta realidade. Gestores e profissionais de capacitação são parceiros nesta tarefa, quanto mais soubermos sobre as reais dificuldades enfrentadas pela empresa, mais precisos e efetivos serão os programas de capacitação que criaremos.
O jogo aberto e jogado com vontade é sempre o melhor jogo e nesse campo, transparência é a melhor estratégia.
Uma excelente semana à todos.