
Apesar da iniciativa de prevenção e tratamento de fumantes já existir em alguns municípios, a 7ª Regional de Saúde de Pato Branco promoveu nesta quarta-feira (22), no auditório do Senac, uma oficina para capacitar alguns profissionais de saúde, atuantes nos 15 municípios de abrangência da regional. O objetivo, de acordo com o diretor da regional, Nestor Werner Junior é ampliar os conhecimentos desses profissionais em como prevenir a incidência de novos fumantes na sociedade e como tratar, através dos programas do Sistema Único de Saúde (SUS), as pessoas que já sofrem com a dependência do tabaco.
“Há algum tempo nós temos nas unidades de saúde de alguns municípios, profissionais que atuam no programa de prevenção e tratamento de fumantes e é uma das responsabilidades do estado junto com os municípios promover essa capacitação e a reciclagem dos conhecimentos dos profissionais”, comentou.
Ele também explicou que nem todos os municípios da regional tinham profissionais capacitados para atender aos dependentes. Então além de levar novos conhecimentos aos profissionais que já atuavam no programa, novos profissionais estarão aptos a atuar nos municípios que ainda não tinham o programa.
Outro motivo que levou à capacitação é que em abril o governo federal decretou uma nova portaria, atualizando as diretrizes do Programa de Combate ao Tabagismo, as quais incluem que os programas de Estratégia da Família que trabalham com o Programa, tenham pelo menos dois dos seus profissionais capacitados.
Capacitação
Aproximadamente 70 profissionais das mais diversas áreas, desde nutricionistas, enfermeiros, assistente social, farmacêutico, odontólogos e psicólogos, atuantes nas secretarias municiais de saúde, participaram do encontro ministrado pelo médico coordenador do Programa de Prevenção e Controle do Tabagismo, da Secretaria Municipal de Saúde de Pato Branco, Roberto Yamada.
Yamada informou que em Pato Branco já faz alguns anos que as ações do Programa de Combate ao Tabagismo têm sido desenvolvidas. Entre elas, ele destacou a criação de grupos terapêuticos de fumantes que lutam para largar o vício, bem como o atendimento psicológico e a disponibilidade de medicamentos que auxiliam no combate do vício.
“O tabagismo é uma doença que pode se evitada e o seu problema maior é que na verdade o que faz mal não é o cigarro, mas a fumaça. Então também fumam aquelas pessoas que convivem com o fumante, pois 30% delas acabam fumando, mesmo sem serem fumantes e é como se estivessem fumando três cigarros”, alertou.
Diante dos fatos, ele destacou a importância de capacitar os profissionais e informar a população que nas unidades de saúde, existe esse programa que oferece o tratamento pago pelo estado, que é uma iniciativa nacional com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que qualifica os estados, o qual depois repassa essa qualificação aos municípios.
Ele também explicou que esse programa trabalha com duas vertentes: a prevenção e o controle de fumantes. A prevenção busca conscientizar as pessoas sobre os malefícios do tabaco. O controle consiste em abordar o fumante e incentivá-lo a buscar por um tratamento, um apoio para largar o vício.