Olá amigos leitores do meu site, como vão? Ainda ontem estávamos pulando 7 ondinhas e fazendo as resoluções de Ano Novo, hoje já entramos em junho…

Não andaremos mais em fila?Estava lendo um artigo de Jacob Morgan, Diretor do Chess Media Group , consultoria de gestão, estratégias de colaboração corporativa e tecnologia e autor do best-seller “The Collaborative Organization”, (A Organização Colaborativa), onde defende que o futuro do trabalho será o trabalho personalizado. Jacob defende que o colaborador terá cada vez mais a capacidade de moldar sua carreira dentro de uma organização de uma forma que lhe permita navegar pelos papéis em que atua melhor e de forma mais apaixonada, salientando que estes colaboradores não precisam mais se concentrar em subir a escada corporativa, agora eles estão construindo sua escada corporativa.

Confesso que a ideia é interessante mas automaticamente me vem à mente toda estrutura hierárquica e engessada das organizações, ressalva feita à empresas de menor porte e arranjos de trabalho flexíveis.

Jacob aponta a tecnologia na forma de plataformas de colaboração que permitem aos funcionários compartilhar suas idéias e paixões ao tornar-se líderes em áreas de sua escolha. Ok, as plataformas de colaboração realmente estão chacoalhando a forma como determinados projetos são organizados, extraindo o melhor de cada cérebro engajado nas tarefas, porém ainda assim algo soa desconexo, até que Jacobs defende a segunda questão, a mudança de comportamento que estamos começando a ver na gestão em torno dos “caminhos únicos” para se seguir em frente. Para Jacobs estamos todos aprendendo coletivamente e os profissionais precisam estar fazendo o seu melhor para realmente fazer a diferença no futuro do trabalho e da colaboração.

Sim a ideia é realmente simpática e algumas questões permanecem como pontos a serem abordados durante o longo caminho a percorrer, antes que esta noção de trabalho personalizado se torne onipresente dentro das organizações. São questões para reflexão, que compartilho com vocês:

As credenciais obtidas (diploma, etc) fazem uma pessoa se encaixar numa determinada posição. Se a aprendizagem é coletiva e privilegia a mistura de conhecimentos e a geração de novas competências, olhar para as credenciais obtidas será determinante para que se permita à um colaborador mergulhar em projetos que ele tenha interesse e deixá-lo  assumir mais responsabilidade?

Num mundo de conhecimento fartamente disponível para o consumo, teoricamente qualquer um pode se tornar um expert! Verdade? Só porque uma pessoa pode aprender tudo sobre cirurgia cardíaca não significa que iremos deixá-la realizar tal cirurgia. Dentro de um “mundo de trabalho personalizado” como vamos desenvolver as definições de “expert”? Como vamos continuamente revalidar esta especialização?

O que vocês acham, estamos caminhando para essa direção?

Uma excelente semana para todos.

Claudio Moreira

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