Governo estadual vai abrir a primeira no Centro Vocacional de Manguinhos e reciclar motoristas profissionais que estão desempregados, com 300 vagas para condutores de ônibus e transporte escolar. As aulas serão gratuitas
POR GERALDO PERELO, RIO DE JANEIRO
Rio – O Rio vai ganhar cinco autoescolas públicas. A primeira começará a funcionar dia 5. As escolas públicas de trânsito serão voltadas apenas para motoristas profissionais, com habilitação na categoria D — para transporte de mais de 8 passageiros. O objetivo do projeto, desenvolvido em parceria entre Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Detran-RJ e Federação das Empresas de Transportes de Passageiros (Fetranspor), é capacitar o motorista para novas exigências da legislação. As aulas serão gratuitas.
A escola vai oferecer, inicialmente, 175 vagas para o transporte coletivo e 125 para o transporte escolar. O cronograma de inscrição ainda não foi definido pelo Detran. Para ter direito à gratuidade, o candidato deverá estar desempregado, ter 21 anos no mínimo, não ter cometido nenhuma infração gravíssima ou grave e nem ter mais de uma infração média registrada nos últimos 12 meses. A meta é formar turmas com o máximo 25 alunos.
O projeto vai funcionar nas dependências do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Manguinhos. Para a autoescola, a Fetranspor vai comprar simulador de trânsito — equipamento que reproduz situações de tráfego conturbado, como acidentes, e a necessidade de reações rápidas. “Será mais um instrumento que este profissional poderá usar para medir o grau de estresse e buscar meios de controlá-lo num momento adverso”, explica o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.
Os 148 instrutores selecionados por meio de edital já estão recebendo capacitação de 120 horas sobre legislação de trânsito, direção defensiva, meio ambiente, ética, primeiros socorros, entre outros. Ao fim do curso, o Detran vai emitir o certificado de especialização.
Rio passa por ‘apagão’ de motoristas profissionais
A iniciativa de criar a autoescola pública tenta combater o “apagão” de motoristas profissionais no estado. Ano passado, O DIA mostrou carência estimada em 3 mil de motoristas de ônibus só município do Rio.
Segundo a coordenadora da Universidade Corporativa de Transporte da Fetranspor, Ana Rosa Bonilauri, com o desenvolvimento econômico do país, as oportunidades para motoristas profissionais vêm aumentando em outras empresas, que não só de ônibus. “As empresas de ônibus estão, de fato, carentes de mão de obra”.
Fonte: www.odia.terra.com.br